Tem remédio

18/05/2017 às 1:14 - Atualizado em 18/05/2017 às 1:14

Transporte aéreo de produtos farmacêuticos mantém crescimento vigoroso, principalmente em razão da maior segurança e rapidez nas transferências

Se há um segmento que não tem porque reclamar da crise este é o transporte de produtos farmacêuticos. Com crise ou sem crise ele evolui acima dos dois dígitos percentuais ano a ano e, de acordo com levantamento de mercado, faturou nada menos que R$ 75 bilhões em 2015.

Pela mesma razão destes números gigantes, o ramo farmacêutico é um dos mais susceptíveis ao roubo de cargas: mercadorias que apresentam alto valor agregado, tamanho pequeno e alta liquidez no repasse. Por isso também é um segmento onde prospera o uso da aviação, modal que afasta a gatunagem das estradas e ainda por cima acelera radicalmente os tempos de transferência, permitindo reduzir a formação de estoques e obviamente o capital estacionado em centros de distribuição.

Em despachos para Manaus e partida de São Paulo, por exemplo, a diferença de prazo de entrega chega ao máximo: 20 dias no transporte rodoviário e 3 dias no aéreo.

O crescimento dessa alternativa tem ocorrido fortemente. Arnaldo Viveiros, gerente de Operações da RV Imola, de São Paulo, o modo representou entre 8 a 10% do faturamento das empresas de transporte e operadores logísticos da área e, no primeiro trimestre deste ano, já alcançou a marca de 11%.

O tamanho do país, seu severo perfil topográfico, as longas distâncias, a diversidade de climas e o alto índice de roubo de cargas, para não falar da falta de qualidade das estradas, compõem um quadro de danos, perdas de materiais e prejuízos, que levam o modal aéreo a ser cada vez mais atrativo para as empresas.

Para Viveiros, esses aspectos devem possibilitar um crescimento de 25% este ano. Na RV Imola, a paletização é um grande sucesso em produtividade, produtividade e agilidade, graças à acomodação de 82 volumes por palete.

“Esses são dados de 2016, quando o índice de avarias e roubos foi zero.”

Como operadora logística, a Imola contrata o agente de carga e apresenta 100% de entregas agendadas. Os prazos de entrega na região Sudeste variam entre 24 e 36 horas atendendo a todos os aeroportos comerciais.

Exceção ao Estado de São Paulo, todo coberto pelo transporte rodoviário de carga, mas com os mesmos prazos cumpridos. Trabalhando na transferência e distribuição de cargas farmacêuticas CIF, São Paulo representa 70% do movimento desse tipo de serviço.

Já no aéreo, as encomendas são deslocadas nos porões das aeronaves de todas as companhias que oferecem vôos regulares.